Outra diva straussiana, mas dos tempos difíceis. Logo em 1933 estava Arabella para ser estreada com Fritz Busch ao leme, quando os nazis, acabadinhos de chegar ao poder e perante a atitude hostíl (compreensível) do maestro perante a nova ordem, sanearam Busch da ópera de Dresden. Foi então substituido por Clemens Krauss um maestro talentoso com muitas boas ligações ao partido. Com ele veio tambem a soprano romena Viorica Ursuleac (1894-1985). Este casal dedicou-se a partir daí de alma e coração à obra de Strauss. Viorica criou vários papeis importantes das óperas de Strauss desde Arabella, passando por Friedenstag, Capriccio e Die Liebe der Danae no ensaio geral de 1944. Para além destas personagens cantou Elektra, o Rosenkavalier, a Frau ohne Schatten, Ariadne auf Naxos e a Aegyptisches Helena. Para além de Strauss criou papeis de Krenek, Sekkles e D'Albert e cantou Verdi, Puccini e Wagner. Viorica estava longe de ser uma cantora de recurso. Era uma excelente soprano com grandes capacidades dramáticas mas que muito raramente actuou fora da Alemanha e da Austria e gravou muito pouco. No entanto a sua voz deixou marcas nos que a ouviram e era muito apreciada por Strauss que lhe dedicou a ópera pacifista Friedenstag (1938).
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
4 comentários:
se eu dia for presidente da republica, quero um retrato do mestre Gonçalo Pena para enobrecer Belém!
Que coisa mais terrível para se dizer. A propósito? quem é que está a pintar (ou pintou o do Sampaio? e o Cavaco? hãã? vai escolher quem para lhe fazer o retrato?
Grossherzogvoncabisbaixoland
há quem diga que o cavaco vai escolher um tipo que pinte e que seja do interior. Também convém que esteja no desemprego a sofrer com as deslocalizações da indústria nacional e sofra do buraco do ozono
Concordo, é justo. E até há pintores bons no Algarve. Boliqueime é já considerado interior? não tem praia, pelo menos.
Makarien one eye in terra de blinds
Enviar um comentário