6.7.06

Amigos de Strauss (XXV) Franz Strauss

Franz Strauss nasceu em 1922. Formado na filarmónica do seu tio, Georg Walter, em todo o género de metais, aos quinze anos foi convidado para tocar guitarra na orquestra do Príncipe Maximiliano em Munique. Foi nesta orquestra que desenvolveu aquele que seria o instrumento que o fez famoso; a trompa. Dez anos depois em 1847 foi admitido na prestigiada orquestra da corte e fez-se cidadão de Munique. Em 1851 casa-se mas três anos de pois um surto de cólera levou-lhe a mulher e os dois filhos. Dez anos depois casa-se com Josephine, filha de um importante cervejeiro local, Georg Pschorr. Deste casamento nasceu em 11 de Junho de 1864 Richard Georg e em 9 de Julho de 1867 uma rapariga, Bertha Johanna. Neste periodo Franz Strauss compôs especificamente para trompa e a sua fama era tal que o maestro Von Bülow o apelidou de "Joachim da Trompa" (Joseph Joachim, coetâneo de Franz Strauss foi um famosíssimo virtuoso do violino do século XIX). O seu credo musical colocava em primeiro lugar a trindade de deus Mozart no centro e Beethoven e Haydn ao lado, seguidos de Schubert e Weber e a alguma distância por Mendelssohn e Spohr. Mas era sobretudo de ópera que Luis II da Baviera gostava e particularmente da ópera de Wagner que era o seu convidado. Franz reprovava fortemente Wagner e era retribuido nos sentimentos mas Wagner foi obrigado a observar que "se esse Franz era um sujeito detestável tocava trompa melhor que ninguem." Foi um grande pedagogo da Trompa e chefiou uma orquestra amadora que fazia muita música séria (a Wilde Gung'l) e com a qual estreou muita da música do filho. Se pai e filho foram tendo atritos sobre estilo, particularmente à medida em que o jovem Richard foi sendo atraído pelas novas tendências musicais, os ensinamentos que aquele lhe prestou foram valiosos. Franz Strauss retirou-se e dedicou-se a partir daí a cuidar da carreira do filho; apesar de ser crítico nunca deixou de o impulsionar a descobrir a sua própria linguagem musical. Franz morreu em 1905 cinco dias antes da estreia de Salomé, o primeira obra-prima operática do seu filho, Richard Strauss.

2 comentários:

Anónimo disse...

Boa escolha, Gonçalo
estes fundos azuis resultaram muito bem

Anónimo disse...

No fundo, também sou gajo para concordar com isso...