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Karl Böhm, austríaco, iniciou a carreira verdadeiramente em 1921 quando foi notado por Bruno Walter e convidado para ser seu assistente em Munique. Em 1927 dirigia a orquestra de Darmstadt. Em 1933 (esse ano do destino para a Alemanha) quando dirigiu pela primeira vez o
Tristão e Isolda em Viena, foi convidado pelas novas autoridades alemãs para substituir Fritz Busch que fora saneado na ópera de Dresden e emigrara. Aí o destino colocou-o frente a Strauss, que tinha a ópera de Dresden como o lugar de quase todas as estreias das suas óperas. Böhm dirigiu este importante teatro até 1942. Nessa qualidade estreou em 1935
Die Schweigsame Frau, a tal ópera com o libretto de Stefan Zweig que foi rápidamente silenciada pelos nazis, e três anos depois
Daphne, que lhe foi dedicada. Em 1942 estreou também o
Concerto nº2 para trompa e orquestra. Foi também o maestro convidado para a performance de
Ariadne auf Naxos no malogrado octagésimo aniversário de Strauss em 1944. Böhm foi essencialmente um mozartiano tal como o maestro Richard Strauss e por isso talvez o interprete orquestral mais sensível à quintessência mozartiana da música do compositor alemão. No pós guerra foi uma das almas do festival de Salzburgo, cidade onde viria a falecer em 1981. A suas gravações das sinfonias de Mozart (1974) são ainda hoje a referência em orquestra convencional.
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