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31.7.06
Enche-te de Moscas (in opera)
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30.7.06
16mm in Blue
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29.7.06
28.7.06
27.7.06
A Timbaleira / The Timbaleyr
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26.7.06
Parental Overcare / Alegria no Lar (2)
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25.7.06
Eu sei que o Photoshop fazia isto, mas...
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... mas é assim. Vivam o analógico, as dedadas nos vidros, os riscos nos acrílicos, as sombras das cadeiras, o calor insuportável dos focos e as dores nas costas. O rolo utilizado é um EPY 120 a 64 asa para iluminação de tungsténio. Aqui tiro provas em "polaroides" da Fuji. O objectivo do filme é desenhar uma banda.
Ensemble JER amanhã em Sines
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Ensemble JER
Os Plásticos de Lisboa
apresenta:
Cozido à Portuguesa
(Portuguese Masterpieces)
Diogo Dias Melgás (1638-1700)
Adjuva nos Deus
Miguel Andrade
Puestos estan frente a frente [1629]
Carlos Seixas (1704-1742)
Sinfonia em Si bemol maior
Allegro – Adagio – Minuet (Allegro)
Concerto em Lá maior
Allegro – Adagio – Giga (Allegro)
Frei Manuel Cardoso (c.1566-1650)
Missa Philippina (1636)
Kyrie – Gloria – Credo – Sanctus – Benedictus – Agnus Dei I – Agnus Dei II
Hugo Ribeiro (*1983)
Gestos II: conversas sobre um contorno (2006)
Estreia absoluta (encomenda do Ensemble JER)
José Eduardo Rocha (*1961)
Prelúdios & Fugas Sobre o nome de Carlos Paredes (2003)
no
Centro de Artes de Sines,
26 de Julho de 2006, 19h
(entrada livre)
24.7.06
Fura-cão Katrina e Piet Heyn
23.7.06
21.7.06
Amigos de Strauss (XLII) - Strauss aos 83
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Espero que com esta maratona de pequenas biografias tenha alimentado a curiosidade de alguns sobre a música do compositor ou sobre ópera. Aconselhava obviamente o início desta descoberta pelos poemas sinfónicos. O Assim falava Zaratustra é muitíssimo conhecido devido à sua introdução divulgada no 2001 Odisseia no Espaço. Mas existem outros. Don Juan é um dos que gosto mais e Metamorphosen também. Em ópera depende dos temperamentos. Aos que gostam de emoções fortes em vermelho aconselharia o inicio pela Elektra; aos mozartianos de feitio sem dúvida o Rosenkavalier.
Aos outros aos que já conhecem Strauss pode ser a altura de iniciarem a descoberta de trabalhos menos ouvidos como Intermezzo, Capriccio, Die Liebe der Danae, as peças para instrumentos de sopro ou os concertos para trompa.
A título de informação. Os textos que publiquei aqui foram baseados na biografia Richard Strauss de David Nice da Omnibus Press, artigos dispersos na internet e material retirado de "booklets" de cd's.
Os próximos posts serão dedicados a mostrar trabalho mais "livre", para o alívio dos que já desesperavam com tantos retratos formais retirados do universo straussiano.
20.7.06
Amigos de Strauss (XLI) - Sir Thomas Beecham
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"Composers should write tunes that chauffeurs and errand boys can whistle."- "Brass bands are all very well in their place - outdoors and several miles away."- "The English may not like music, but they absolutely love the noise it makes."- "There are two golden rules for an orchestra: start together and finish together. The public doesn't give a damn what goes on in between. " - uma terrível dirigida a uma violoncelista menos dotada "Madam, you have between your legs an instrument capable of giving pleasure to thousands, and all you can do is scratch it!". E por fim, demonstrando espírito, a resposta que deu a Walter Legge sobre a proposta que este lhe fez sobre o salário por todo o trabalho realizado na criação da novíssima Philarmonia Orchestra - "The privilege of directing this magnificent consort of artists is such that my pleasure would be diminished if I accepted a fee. I would, however, gladly accept a decent cigar"
Um verdadeiro "reaça", como bom inglês. Já tinha aqui referido uma citação de Beecham a propósito do escândalo Salomé (ver apontamento sobre Oscar Wilde), e vai na mesma linha destes.
Agora é altura de escrever um pouco sobre Beecham itself e sobre a sua importância no percurso profissional e artístico de Strauss. A vida profissional de Beecham (1879-1961) desde o início do século XX (Sir Thomas desde 1916) até à data da sua morte confunde-se com a vida musical inglesa. No entanto a sua relação com este mundo não foi tão harmónica como se pode imaginar pela quantidade de gravações que nos deixou. A sua relação com outros famosos dirigentes de orquestra foi difícil. Sir Adrian Boult e Sir Henry Wood detestavam-no, Sir John Barbirolli considerava-o indigno de confiança e mesmo os seus colaboradores sofriam; Beecham considerava Karajan "como uma espécie de Sir Malcolm Sargeant", por exemplo. Por outro lado nunca defendeu a música de pilares da música britânica como Elgar, Vaughan Williams, Walton ou Britten, mas Delius deve exclusivamente a saída da obscuridade ao esforço sistemático que Beecham fez da divulgação da sua obra e cujas gravações são ainda referenciais. Por outro lado ainda criou nada mais nada menos do que três orquestras sinfónicas tão importantes como a Royal Philarmonic Orchestra, a New Symphonic Orchestra e a London Philarmonic Orchestra. As suas relações com o mundo eram um pouco melhores do que em casa. Se era rival de Toscanini (particularmente em Puccini), foi um grande apoiante de Furtwängler, Rudolf Kempe e admirado por Fritz Reiner. A sua relação com o reportório era também polémica. Sendo tal como Strauss um Mozartiano refinado, dizia mal de Bach - "demasiado contraponto, e o que é pior; contraponto protestante!" e que "trocaria de bom grado todos os Concertos Brandemburgueses pela Manon de Massenet" e de Beethoven, "que os últimos quartetos compostos quando era surdo deveriam ser ouvidos por pessoas como ele; surdos!", embora fosse um grande interprete deste último e nos tivesse deixado gavações das sinfonias e da Missa Solemnis. De Wagner foi considerado um intérprete de primeira linha mas mostrava um certo desprezo pela extensão e repetição dos temas - "We've been rehearsing for two hours – and we're still playing the same bloody tune!"- Haendel, ao contrário era uma paixão, mas só depois de reorquestrar, cortar e modificar a música, para horror dos puristas e para epicurista delícia de alguns muitos outros. Foi um grande defensor de Salomé e tornou-se amigo de Richard Strauss quando este último veio a londres supervisionar a estreia de Elektra no Convent Garden em 1910. Strauss ficou, nesta ocasião, admirador da perfeição dos ensaios de Beecham o alemão tornou-se num dos compositores modernos mais defendidos por Beecham, o que, conhecendo o pedigree dos gostos de ambos, o espírito mordaz do maestro e o humor de Strauss, não surge como surpresa.
A amizade de Beecham com Strauss foi muito importante depois da segunda guerra mundial. A infrastrutura teatral bombardeada e bens confiscados colocaram o octagenário Strauss em grave crise financeira e numa situação muito mais grave no que no final da primeira guerra. Além do mais encontrava-se sob vigilância do tribunal de desnazificação quando Beecham em Londres, convence as autoridades as dar uma trégua a Strauss e convidá-lo em 1947 a participar durante um mês num festival em sua honra que o inglês organizara entretanto. Para além de Beecham, Strauss conduziu, e pela última vez na sua vida os seus trabalhos; Don Juan, Burleske e a Sinfonia Domestica no Albert Hall; com a BBC gravou o Till Eulenspiegel no dia anterior ao seu retorno à suiça depois de uma verdadeira apoteose londrina e com dinheiro no bolso para passar em conforto os seus últimos meses de vida.
19.7.06
Amigos de Strauss (XL) - O mesmo aos 55
18.7.06
Amigos de Strauss (XXXIX) - Pauline de Ahna
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Amigos de Strauss (XXXVIII) - Josef Gregor
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17.7.06
Amigos de Strauss (XXXVII) - Hans Hotter
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16.7.06
Amigos de Strauss (XXXVI) - Franz Schalk
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15.7.06
Amigos de Strauss (XXXV) - Clemens Krauss
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14.7.06
Postal a la Malraux
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Acabei as ilustrações necessárias para a realização da BD sobre a vida de Richard Strauss. Esta é a fotografia oficial da ocasião. Vou continuando a publicar as biografias dos "amigos" do compositor (devem ser cerca de quarenta). Agora vai começar a fase da fotografia. Primeira fase: digitalizar esta bonecada toda; segunda fase: montar em três dimensões e fotografar em médio formato; terceira fase: digitalizar e introduzir texto e mandar para Lisboa.
13.7.06
Amigos de Strauss (XXXIII) - Fritz Busch
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12.7.06
Amigos de Strauss (XXXII) - Maria Cebotari
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11.7.06
Amigos de Strauss (XXXI) - Wilhelm Furtwängler
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A biografia seria extensa se eu me atirasse ao trabalho que merece aquele que, em disputa com Toscanini, é frequentemente citado como o melhor dirigente orquestral do século XX. Nasceu em 1886 em Berlim, com forte formação humanista e musical em 1906 tornou-se assistente de ensaios na cidade natal e aos vinte anos conduzia uma performance da 9ª sinfonia de Bruckner. Em 1920 sucedeu a Richard Strauss na direcção dos concertos sinfónicos da orquestra da Ópera de Berlim e foi aí que a sua reputação cresceu e consolidou; de tal modo que em breve foi nomeado como sucessor do mítico Arthur Nikisch à frente das não menos míticas Orquestra da Gwandhaus de Leipzig e Berliner Philarmoniker. Em 1928 também era o dirigente da Orquestra Filarmónica de Viena e em 1931 co-dirigia com Toscanini o Festival de Bayreuth. Por fim, em 1933, iniciou a direcção da ópera de Berlim. Veio o nazismo. Foi nomeado vice de Richard Strauss à frente da Reichsmusikkammer mas em breve foi acusado pelos governo de admitir demasiados músicos judeus na ópera de Berlim. Em 1934 demitiu-se por razões "políticas" e choveram convites de todos os lados, nomeadamente de Viena, Filadélfia e Nova Iorque para dirigir as suas óperas. Furtwängler, no entanto, quis continuar na Alemanha, porque ingénuamente acreditava ser possível trabalhar ali e dirigir no exterior unicamente as obras que considerava relevantes e os nazis consideravam-no (e bem) um trunfo. Mas o caso "Hindemith" demonstrou-lhe o contrário. Hitler e Goering proibiram-no de executar a sinfonia "Mathis der Maler" e tal proibição forçou-o a abandonar o cargo na ópera em Berlim. Quando se preparava para aceitar o lugar de dirigente da Orquestra Filarmónica de Nova Iorque e suceder a Toscanini, surgiu uma misteriosa noticia do ramo berlinense da Associated Press, anunciando que Wilhelm Furtwängler "aceitava ser reintegrado na Ópera de Berlim". Tal noticia foi recebida negativamente em Nova Iorque, o convite retirado e o maestro alemão não seguiu outros no exílio. Dirigiu Bayreuth em 1936, outra vez em 1937 , 1943 e 1944. Em 1937 foi a Paris por ocasião da exposição universal. Mas a Gestapo foi colocando cada vez mais pressão sobre a sua posição cada vez mais hostil ao regime e as autoridades iam jogando contra a sua posição com um jovem, talentoso e ambicioso maestro chamado Herbert von Karajan. Furtwängler com a sua posição cada vez mais difícil, particularmente durante a guerra (onde se dedicou à composição) conseguiu fugir, por fim, para a Suiça. Só em 1946 foi oficialmente ilibado das suas acusações de ter colaborado com os nazis, mas tal como Richard Strauss mantem-se como objecto central de debate sobre a frágil distância entre a procura da liberdade artística no seio de regimes desumanos e a colaboração. Em 1950, quatro anos antes de morrer dirigiu em Londres Kirsten Flagstad na primeira performance das Vier Letzte Lieder de Strauss
"The Strange Case of the Kaczynski (kah-CHIN'-skee) Brothers" ou "Agora é que estamos verdadeiramente no Pós-modernismo"
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(ISTO NÃO É UMA MONTAGEM!)
"Poland is about to get a case of political double vision: twin leaders, the Kaczynski (kah-CHIN'-skee) brothers.President Lech Kaczynski is in line to swear in his identical twin brother, Jaroslaw (YAHR'-oh-slahf), Monday as prime minister.
The 57-year-old men have the same round faces and short, pudgy builds and have been well-known to Poles for most of their lives. They were child movie stars.
But it won't be completely impossible to tell the president and prime minister apart: Lech, the president, has two moles on his face and wears a wedding ring. Jaroslaw doesn't have any moles and is a bachelor."
in here
Não. Não são efeitos secundários do vodka polaco. É mais a ressaca em cores garridas da bebedeira bipolarizada do século XX. De manhã estava a "tentar" ler o TAZ (Tageszeitung) sobre a escandaleira que o presidente Lech Kaczynski faz neste momento com o estado alemão sobre os artigos satíricos que este diário de esquerda desferiu contra o governo ultra-nacionalista polaco (pois é meus caros... a Polónia romântica, nobre e sentimental dos pianistas e das arquiduquesas mora mais em Hollywood do que em Varsóvia) e por brincadeira alguém me disse que sendo o irmão do presidente polaco o líder do partido nacionalista no poder só faltava o presidente nomeá-lo primeiro ministro. Á pouco vi esta notícia na ZDF. Aconteceu. Isto é mesmo brutal. É melhor do que arte contemporânea! Mistura a história de conto de fadas do Reagan com o neo-realismo do Wajda, com o Futurama do matt Groning, com os Teletubbies, o bucha & bucha, sei lá!
Não sei o que diga. Para além da cabeçada do Zidane, só me vem o Baudrillard à cabeça com a história das torres gémeas e da superação da modernidade. Mas no meio disto tudo podemos alegrarmo-nos com duas ideias: uma, felizmente que o Cavaco não tem gémeo (acho...) e duas; a Polónia é um bom argumento contra a clonagem.
(recomenda-se também este site )
10.7.06
Opá!... Zidane!
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Granda Zidane! Foste muita Dadá pá! Concordo contigo. O futebol é um desporto mesmo cão! Só escusavas de ter imitado o teu amigo Figo. Já tou a ver tudo... combinaram os dois não foi? Despedirem-se à cabeçada! Ein echter Quadratkopf - oder ein Bock? Jedenfalls ein wunderbarer Kopfstoss, der Kommentator war kosterniert, uns blieb nur die Bewunderung. Das ist ein Abschied wie er nicht besser geschrieben sein könnte! Komm zu Bayern München! Dein Franz.
Das war das eigentlichen Finale dieser beschissenen WM... Mist: jetzt müssen wir unsere schönen Fahnen wieder abmachen. - Ausländer raus. Porra!
Mais informações aqui e sobre as mais belas faltas de Materazzi (a vítima) aqui.
Das war das eigentlichen Finale dieser beschissenen WM... Mist: jetzt müssen wir unsere schönen Fahnen wieder abmachen. - Ausländer raus. Porra!
Mais informações aqui e sobre as mais belas faltas de Materazzi (a vítima) aqui.
Amigos de Strauss (XXIX) - Viorica Ursuleac
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9.7.06
Amigos de Strauss (XXVIII) - Kirsten Flagstad
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Deeeeeeeeeeeeeeeeeeutschland!
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Que cena! Era dificil ganhar nestas condições, num estádio a abarrotar de assobios e de cabeças quadradas. Se foi difícil estar só numa sala com cerca de sessenta alemães aos berros -Tóóóóóóóóóóóóóóór! ("golo" na lingua deles) - cada vez que o Schweinsteiger (cavalgador de porcos) ou Schweini (porquinho) como lhe chamam por aqui, marcava um golo, imagino o que era estar naquele estádio em Estugarda com sessenta mil alemães completamente lixados por não ter chegado à final. Os alemães jogaram bem mas nós também. aliás (aproveito para abrir a boca agora porque falei disso, da bola, muito pouco neste blog)... neste mundial os conquistadores (que nome!) só jogaram bem quando perderam. E este, onde perdemos por mais, jogámos melhor. Falhou-nos o ataque neste certame desportivo de grande brilho internacional que é o campeonato da bola da FIFA. Faltou-nos o ataaaque. O Scolari só fez mal em ter insistido tanto no Pauleta e no Postiga. O Nuno Gomes a passe do Figo (que se despediu muito bem assim e foi aplaudido pelos alemães aqui de casa) marcou um golaço perfeito ao Olli (Oliver Khan) que hoje mostrou porque os alemães o adoram. E foi bom gritar gooolo na contra corrente da noite. Pronto. E já que eles ganharam, publico uma foto da selecção nacional da Alemanha. Hip, hip hurrah!
8.7.06
Amigos de Strauss (XXVII) Richard Mayr
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7.7.06
Amigos de Strauss (XXVI) Karl Perron
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6.7.06
Amigos de Strauss (XXV) Franz Strauss
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Amigos de Strauss (XXIV) - Annie Krull
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5.7.06
Amigos de Strauss (XXIII) Karl Böhm
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Amigos de Strauss (XXII) Maria Jeritza
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Soprano nascida em Brno uma cidade situada na actual República Checa, que era então parte do império austro-hungaro. Foi uma verdadeira estrela nos anos 20 (o senhor ao lado é o próprio Strauss na estreia vienense da Die Aegyptisches Helena). Com Lotte Lehmann com quem manteve uma rivalidade ao longo da carreira constitui a primeira geração de divas straussianas e que obteram a nororiedade pela interpretação dos seus papeis. Maria Jeritza para além da voz trazia o glamour para o palco, sendo por isso perfeita para muitas das personagens femeninas de Strauss que naturalmente o exigem. Começou a cantar nos palcos em 1910 na Morávia natal, como Elsa no Lohengrin e estreou-se em Viena em 1912. Notada por Strauss criou nesse mesmo ano o papel de Ariadne na primeira versão em Estugarda. Em 1916 contracenou com Lehmann na segunda versão já em Viena. De novo em 1919, e também em Viena, criou o papel de imperatriz, a Frau ohne Schatten. Foi a Aegyptisches Helena em 1928. Até 1935 foi a diva da Staatsoper de Viena. Cantou no Met de Nova Iorque até 1932, data do triunfo definitivo de Lehmann. Sendo amiga da família Strauss, foi a dedicatária das Vier Letzte Lieder e de outras cançõs tardias do compositor.
4.7.06
Amigos de Strauss (XXI) - O próprio aos 80 anos
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Strauss comemorou o octagésimo aniversário em 1944 e a estreia de Die Liebe der Danae estava prevista para a comemoração oficial dessa ocasião. Perante a severidade dos bombardeamentos aliados e a situação de derrota eminente da Alemanha, Goebbels decidiu o encerramento de todos os festivais, incluindo este, consagrado à obra de Strauss. O maestro Clemens Krauss, encarregue do festival, mesmo assim conseguiu, devido à posição de estima que possuia perante os nazis, que a estreia de Danae fosse adiante como uma indulgente excepção perante o estado avançado dos ensaios e preparativos em Salzburgo. Com a aquiescência do gauleiter de Salzburgo, o ensaio geral decorreu a 16 de Agosto mas por fim Goebbels foi em frente e proibiu quaiquer outras performances. Strauss ficou desolado; o interludio orquestral antes da última cena comovia-o especialmente. Foi encontrado no camarim comovido agarrado à partitura e a gesticular em direcção ao céu - "Quado eu fizer o meu caminho lá para cima, espero ser perdoado se levar isto comigo". Só em 1952, três anos após a morte de Strauss, Clemens Krauss daria uma inauguração decente a Danae em Salzburgo.
3.7.06
Amigos de Strauss (XX) Pauline Strauss
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2.7.06
Amigos de Strauss (XIX) Lotte Lehmann
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1.7.06
Hooliganize Hildesheim!
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Fritz Busch, Alfred Roller, Annie Krull, Sir Thomas Beecham, Kirsten Flagstad, Wilhelm Furtwangler, Maria Jeritza, Maria Cebotari, Clemens Krauss e Strauss aos 70. Hoje faço batota. trabalhei pouco porque passei o dia todo a ver a bola fui hooliganizar para o centro da pacata cidadezinha local e confraternizar com italianos. Pronto! Fiz o meu dever de emigrante que é como quem vota e que é dar uma apitadelas desordeiras para me vingar da chiadeira que o alemães fizeram ontem por terem passado também às meias. Passei por alguns ingleses. Só fiz duas peças para o Strauss e avancei uma das pinturas grandes. Como não quero estragar a média de um post por dia aqui vai uma série de fotografias de personagens que vou vou passar para o acrílico nestes próximos dias (bela coleção de cromos)... Ah!E a minha irmã mais nova faz vinte anos. Parabéns Joana.
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