"Será a Modernidade a nossa Antiguidade?" Esta foi a frase que os organizadores da Documenta XII escolheram como o fio de ariana do projecto. A esta pergunta, à guisa de chave adicionam duas citações fundadoras da problemática da modernidade estética; 1) "A Arte, considerada na sua mais alta vocação, é e continua a ser para nós uma coisa do passado." (Hegel) 2) "Por modernidade quero dizer o efémero, o fugitivo, o contingente, a metade da Arte cuja outra metade é o eterno e o imutável."(Baudelaire)
Esta gravura persa retirada de um álbum de gravuras avulsas de várias culturas trazidas para Berlim por um embaixador alemão no século XVIII em Istambul e datada em torno do século XV denota influencias gráficas da China. estes contactos fizeram-se nas estepes da Ásia central, por intermédio dos potentados que nasciam e morriam nas vicissitudes da rota da seda. Os autores chamam-nos a atenção sobre os elementos da paisagem oriental, as rochas, a água e as nuvens. Entendem estes elementos, no modo como contaminam e se transmitem de modo paisagístico para modo paisagístico como "destino" e metáfora de transformação e transmissão cultural, particularmente daquilo que se quer observar hoje como determinante da formação identitária de uma actualidade; a paridade dinâmica de culturas no fenómeno de transculturalidade.
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