Para os últimos anos da vida de Strauss escolhi como matriz o quadro de Klimt, Música. Insisto assim na natureza essencialmente romântica do compositor. Em Abril de 1945 os soldados americanos apareceram na sua casa em Garmisch. "Sou o compositor do Rosenkavalier! Deixem-me em paz." Acontece que um dos soldados era John de Lancie, oboísta principal da Orquestra de Filadélfia. No serão conversaram animadamente sobre a obra de Strauss. Daí nasceu o concerto para Oboé uma obra muito importante para o escasso repertório do instrumento. Depois de absolvido pelos tribunais de desnazificação que avaliaram as implicações da sua colaboração com os Nazis em 1933, instalou-se na Suiça. Aí compôs algumas brilhantes obras orquestrais de câmara. A sua obra prima final são contudo as quatro últimas canções sobre poemas de Eichendorff. Morreu pacificamente em 8 de Setembro de 1949 e na sua cerimónia fúnebre foi cantado o sublime trio final do Rosenkavalier. Meio ano depois seria Kirsten Flagstad, sob a direcção Furtwängler, como primeira interprete das quatro últimas canções a conferir a Strauss uma última apoteose no Royal Albert Hall, nove dias antes de Pauline Strauss, por seu turno, acompanhar o marido na morte.
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4 comentários:
Gostei!
Aquela mancha clara na manga podia ser corrigida, não?
M.
é do flash.
É do flash!? Mas o blog é em html...
Graçola!
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